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Cinco Heróis

Viva Cuba!!!

Imagem outubro 8, 2015outubro 8, 2015 alinabr Cinco Heróis, Cuba, Cuba - EEUU #Cuba, #pensandoAmericas, #SoyCuba, CubavsBloqueo

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Ramón Salazar: ‘Este papa é um amigo de Cuba’

setembro 28, 2015 alinabr #CubavsBloqueio, Cinco Heróis, Cuba, Cuba - EEUU, História #OsCincoheroes, #PapaFrancisco, #pensandoAmericas, #Ramón Salazar, #SoyCuba, Estados Unidos

A Carta Maior entrevistou um dos ex-agentes cubanos infiltrados entre terroristas de Miami, libertado após o restabelecimento de relações entre EUA e Cuba


Darío Pignotti, enviado especial a Havana

Ismael Francisco

“Gostaria de dizer ao papa, pessoalmente, o quanto eu estou agradecido pelo que ele fez por mim e pelos meus quatro companheiros”. Ramón Labañino Salazar é um dos cinco heróis cubanos condenados por um tribunal de Miami e liberados em dezembro de 2014, depois de 16 anos de prisão.

Salazar estava acompanhado por sua esposa, Elizabeth Palmeiro, quando concedeu esta entrevista exclusiva a Carta Maior, em uma antiga casona da Rua 17, que desemboca no Malecón, onde Francisco e seu papamóvel passaram na noite de segunda-feira (21/9), em sua despedida de Havana.

Depois dos cinco dias de visita ao país caribenho, Francisco voou rumo a Washington, e dali até Nova York, onde pronunciou um discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, nesta sexta-feira (25/9), sendo aplaudido por um Raúl Castro que retornou aos Estados Unidos após de 56 anos de uma guerra fria recentemente concluída.
 

EIXO RAUL-FRANCISCO



– O fato de que Raúl receba o papa em Havana e depois viaje aos Estados Unidos para escutá-lo indica que as relações passaram a ser bastante amigáveis.

– É verdade, porque este é um papa diferente. Eu diria até que é um papa progressista, que fala bem dos nossos povos, que critica fortemente o capitalismo e as guerras. Ele é uma pessoa que observa claramente a situação internacional. É um amigo de Cuba. Ou seja, as coisas que ele faz e diz são realmente admiráveis, ainda mais vindas de um papa. Isso é algo que nunca havia acontecido e faz com que nos sintamos mais próximos a ele. Há muitos comentários sobre a participação dele no processo que levou à nossa liberdade, e tomara que algum dia eu possa conversar com ele sobre isso, eu gostaria muito de uma oportunidade dessas. Claro que ele, que é uma pessoa de modéstia infinita, não quis reconhecer essa ajuda, mas qualquer que tenha sido sua intervenção já é o suficiente para eu querer agradecer. Ele tem a nossa gratidão e a nossa admiração.

– Nesta viagem marcada por diversos sinais, o que a reunião entre Francisco e Fidel simboliza?

– Acho que estamos vivendo um momento histórico singular, a concretização de uma profecia. Há mais de 40 anos, perguntaram a Fidel quando terminaria o bloqueio a Cuba, e Fidel respondeu que seria quando o papa fosse latino e um presidente dos Estados Unidos fosse um negro. Fidel, com essa visão profética, visualizou a circunstância que vivemos hoje em Cuba. Se trata de um momento histórico singular, de futuro, de amor e de otimismo, porque demostra que os tempos estão sempre a favor da Revolução. Fidel sempre esteve certo, porque ele não é só um líder para a Revolução Cubana, e sim para o mundo, e o papa também simboliza esses valores universais. Isto é, a unidade de dois homens que lutam em favor dos pobres. Este encontro demonstra que a Revolução está mais firme e mais solidária que nunca.

– É possível que aconteça um encontro entre Raúl Castro e Barack Obama em Nova York?

– Não é impossível, eu acho que é possível, e parece que vai acontecer, sou otimista. É minha opinião pessoal, não é uma informação. Mas se Raúl e Obama se encontram na ONU, se produziria um fato de muita força simbólica. Com isso, Obama terá maior dimensão de estadista, e para Raúl também será importante, porque demonstrará a firmeza da Revolução Cubana, e que Cuba ainda é a mesma. Claro que, para que essa reunião aconteça mesmo, vai depender de que possam se encontrar no mesmo lugar e na mesma hora, em Nova York.

OBAMA: CAPITALISMO PRAGMÁTICO

– Você foi condenado a mais de uma prisão perpétua. Quando Obama foi eleito, em 2008, você já estava preso há quanto tempo?

– Sim, minha pena era de mais de uma perpétua, e não sou o único dos cinco com uma pena tão grande, que foi dada em Miami, após um julgamento que parecia um circo romano, sem respeitar a lei. Em 2008, quando Obama ganhou a presidência nós, estávamos presos há dez anos, e desde que ele assumiu, houve uma mudança nas condições da nossa prisão.

– Melhoraram com Obama?

– Melhoraram radicalmente, foi uma mudança importante com relação ao que sofremos nos tempos de George W. Bush, quando nos proibiram as visitas de familiares por dois anos e meio. A partir de 2009, quando Obama tomou o poder, percebemos uma mudança. Em primeiro lugar, dando mais vistos aos nossos familiares, para poderem nos visitar. A atenção médica melhorou, eu já tinha problemas nos joelhos na época de Bush e não me atendiam, e com Obama eles vieram analisar a minha situação, fizeram raios X e me deram um cuidado diferente. Obama foi um sinal de esperança. Na cadeia, nós percebemos os tempos estavam mudando. O governo de Bush foi a época na qual mais membros da extrema direita cubano-americana ocuparam cargos no governo. Por exemplo, o senhor Otto Reich ocupou um lugar no Departamento de Estado, e também o senhor John Negroponte, outro que esteve em postos importantes. Tenho certeza que toda essa camada anti-cubana teve influência no aumento do nosso sofrimento na prisão.

– Você confia nos compromissos assumidos por Obama?

– Nós não acreditamos que o mundo vai mudar completamente graças ao Obama. Sabemos que ele pertence ao establishment norte-americano, que defende o capitalismo. Achamos que sua posição sobre Cuba é pragmática, ele entende que o confronto com Cuba fracassou, que as guerras, as ameaças, o bloqueio, o incentivo à subversão interna na ilha, nada disso deu certo. Hoje, Cuba está mais acompanhada que nunca internacionalmente e os Estados Unidos estão mais isolados do que nunca, isso se vê no tratamento que muitos líderes mundiais dão a Cuba. Por exemplo na visita da presidenta argentina Cristina Kirchner a Cuba, durante esta viagem do papa. Mas nós não dependemos somente do que o Obama faça, nós temos nossas virtudes, depois desses 56 anos de Revolução, da aprendizagem a respeito de como lidar com o imperialismo norte-americano, não somos tontos, não baixamos a guarda, sabemos, que apesar desta aproximação, eles continuam buscando se intrometer em nossos assuntos, mas agora são menos belicistas que antes. O império sempre vai querer dominar Cuba.

GUERRA IMPERIALISTA NÃO ACABOU

– Você acha que virão batalhas de outro tipo?

– Podem vir batalhas fortes, mas que vão se desenvolver num terreno diferente. No terreno dos investimentos estrangeiros, da compra de mentes, além da subversão interna, porque eles vão poder financiar com mais recursos os pequenos grupos de supostos dissidentes. Vão falar de uma suposta democracia, vão querer criar um segundo partido político, ou terceiro, tudo para dividir o nosso país. Ao abrir a embaixada (em agosto) o secretário de Estado (John Kerry) disse que pretende trazer a democracia, e nós lhe respondemos que Cuba já é um país democrático. Nós devemos tentar demostrar a qualquer pessoa que nossa democracia é muito mais real que a democracia dos Estados Unidos. Em Cuba não se gastam milhões em campanhas de publicidade durante eleições marcadas por promessas vazias. Em Cuba não há corrupção dentro dos partidos. Em Cuba, o melhor cidadão de cada quadra vai se elevando pouco a pouco e chega naturalmente a um nível político superior. Essa é a nossa democracia – que tem problemas, claro, mas muito mais fáceis de solucionar. O principal é que as pessoas estão no centro de tudo em Cuba.


“EU MORRO COMO VIVI”


Ramón Labañino Salazar nasceu em 1963, quando a Revolução tinha apenas quatro anos. Em 1965, nasceu Gerardo Hernández, o oficial de inteligência que comandou o grupo de agentes enviado a Flórida nos Anos 90 para impedir os ataques terroristas frequentes contra a ilha, perpetrados por grupos ultradireitistas, com a tolerância e/ou a cumplicidade de Washington.

Embora Salazar evite responder a pergunta sobre se os Cinco encabeçarão a futura dirigência revolucionária, fontes consultadas em Havana os indicam como potenciais protagonistas desta fase de “atualização”, já que se tratam de quadros políticos bem formados e por terem protagonizado uma façanha épica nas masmorras estadunidenses.

Há alguns anos, se dizia que todo cubano era especialista em contar histórias sobre Fidel e em falar de beisebol, o esporte nacional. Na atualidade, os cubanos sabem quem são os Cinco e muitos falam deles com um respeito que eles ganharam através de suas ações.

Pouco tempo depois de retornar a Cuba, no ano passado, Salazar e seus companheiros assistiram a um recital de Silvio Rodríguez, o maior nome da Trova Cubana – quem, em outros tempos, compartilhou alguns concertos com Chico Buarque.

Rodríguez convidou os Cinco Heróis a subir no palco para cantar com ele a canção “El Necio”, cuja letra defende os valores da Revolução apesar dos momentos difíceis e da chantagem permanente do império.

“Eles vêm me convidar a me arrepender, mas eu morro como vivi” diz um dos versos dessa canção, que durante 16 anos foi “o hino da resistência, quando estávamos no fundo do poço”, segundo contou o ex-prisioneiro Gerardo Hernández.


– O que você chama de fundo do poço?

– Quando fomos presos, no dia 12 de setembro de 1998, não nos levaram à prisão, e sim a um escritório do FBI, em Miami. Ali tivemos uma entrevista com oficiais, na qual, obviamente tentaram nos fazer trair o nosso país, o nosso comandante e a Revolução. Nos fizeram propostas para que colaborássemos. Nesses 16 anos, o governo dos Estados Unidos esteve constantemente pressionando para que colaborássemos, mas isso nunca aconteceu, porque somos fiéis à nossa pátria. Quando viram que não iríamos trair o nosso país, nos mandaram finalmente para a prisão, mas não uma prisão normal. Nos colocaram num minúsculo calabouço, onde permanecíamos por 24 horas, um lugar deplorável, sujo, úmido, um espaço de 2 por 3 metros, revestido de cimento sólido. Inventamos passatempos para suportar a prisão, jogávamos com uns dados rústicos que o Gerardo fez a partir de pedaços de pão, fizemos um xadrez com pedaços de papel. Esse calabouço foi feito para pessoas que cometem crimes dentro da prisão, quem mata outro preso, ou cria uma briga, mas nós fomos para lá somente porque éramos cubanos, sem ter cometido nenhuma infração. Nossa relação com os demais reclusos foi amigável, sempre nos trataram bem, houve respeito. Nos perguntavam sobre a Revolução, alguns inclusive mostravam simpatia para com o nosso processo, tinha gente que manifestava seu apoio. Essa simpatia se dava mais entre os negros e os latinos. Na medida em que eles descobriam que éramos agentes do Fidel, da Revolução, isso fazia com que tivessem mais respeito conosco. A maioria dos presos eram negros pobres, muitos por narcotráfico, por venda de maconha, por tráfico de cocaína, heroína. Eu ainda mantenho contato com alguns deles, alguns me ligam da prisão mesmo.

– Você pensa mais no passado vivido no calabouço, ou no futuro?

– Eu penso bastante sobre os anos na prisão, mas me preocupo mais com o futuro do meu país.

SOCIALISMO TIPICAMENTE CUBANO

– Que rumo você acha que Cuba está tomando?

– Creio que estamos no caminho correto, ao ter decidido buscar melhores relações com os Estados Unidos, deixando muito claro que, apesar desse processo, nós vamos continuar trabalhando para fortalecer o nosso socialismo. Não fazemos esta aproximação dar uma guinada ao capitalismo. Não vamos perder o que conquistamos, isso está bem claro. Obviamente as intenções dos norte-americanos não são ajudar o nosso socialismo, nada disso. Eles querem destruir o nosso socialismo. Gostaria de dizer algo importante: tem gente que pensa que os norte-americanos vão investir amanhã mesmo, quando eles quiserem, e isso não é assim. Eles virão somente através dos investimentos que sejam aprovados por Cuba, quando sejam considerados benéficos. O capitalismo não vai solucionar os nossos problemas. O capitalismo vai jogar por terra todos os avanços. Cuba viveu 62 anos de capitalismo, passou a ser uma neocolônia dos Estados Unidos em 1898, quando roubaram a independência que havíamos conseguido na luta contra a Espanha. Portanto, Cuba sabe o que é o capitalismo. Nós vivemos numa sociedade saudável, com valores solidários, sem narcotráfico, sem violência, diferente da que existe nos Estados Unidos. O estilo de vida dos norte-americanos não é o que queremos. Em Havana não há McDonald´s, mas não sei se haverá dentro de algum tempo. Isso nós veremos no futuro. Se você já conhece os sanduíches do McDonald´s precisa provar as fritangas cubanas, que são feitas de pura carne, são deliciosas. Eu comi no McDonald´s quando vivia nos Estados Unidos e garanto que prefiro a fritanga, e não digo de má vontade, porque você sabe que aqui somos muito orgulhosos da nossa pátria e da nossa comida.

– Carlos Fuentes (escritor mexicano) disse alguma vez que México reconquistará a Califórnia através das tortilhas.

– Isso é uma grande verdade… porque há muito simbolismo na comida. Sembre devemos considerar a nossa cultura, pois nós somos latinos. Lembre-se sempre que a Revolução Cubana nasceu do povo, não foi imposta de fora. Eu resumo da seguinte forma: o nosso socialismo é tipicamente cubano.

– Cuba adotará um modelo econômico similar ao vietnamita?

– Como economista, eu estudei bastante tempo o que o Vietnã fez, e não sei se vamos tomar tudo dessa experiência, mas certamente há coisas positivas. Mas também há coisas negativas. Temos que ser criativos e saber nos adaptar às nossas condições objetivas e subjetivas, respeitando a nossa idiossincrasia, porque nem sempre o adequado para a cultura asiática é adequado para a nossa gente. Por exemplo, temos que buscar investimentos estrangeiros que se fiquem no país por bastante tempo. Não podemos permitir que o grande capital se forme em nosso país, ou que as grandes corporações se estabeleçam, que se apoderem pouco a pouco do território cubano. Tampouco devemos permitir que surjam supermilionários e que existam grandes diferenças com o resto do povo.

– Como acontece na China.

– Eu não aponto nenhum país como exemplo, prefiro dizer o que queremos em Cuba. Por exemplo, nós deveríamos atrair capitais cubanos que estão fora do país, capitais cubanos que sejam bons e que não estejam envolvidos com o terrorismo contra o nosso país. A inteligência está em fazer as coisas para conseguir maior bem-estar para o nosso povo, que haja menos problemas para a população, mas buscar isso a partir do modelo econômico cubano, não do vietnamita, nem do russo, nem de nenhum outro lugar.

Tradução: Victor Farinelli

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Gerardo Hernández na Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba

junho 10, 2015 Juliana Medeiros Brasil, Cinco Heróis, Cuba, Direitos Humanos, Integração, Revolução cubana, Solidariedade Cuba, Gerardo Hernández, Los Cinco, Solidariedade

No último dia da Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba, Gerardo Hernández comoveu os participantes que estiveram empenhados nas campanhas pela libertação dos cinco heróis cubanos, agradecendo a solidariedade dos brasileiros e reafirmando a confiança dos compatriotas cubanos na promessa de Fidel Castro sobre o seu retorno.

Gerardo falou também de sua vida após os 16 anos de cárcere ilegal nos EUA. “Não se confundam: se não fosse o trabalho abnegado de vocês, não haveria liberdade, porque ninguém se interessaria por cinco rapazes desconhecidos,” disse.

Veja um trecho de sua fala durante a Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba ocorrida na última semana em Recife:

 

 

 

Fonte: Comitê de Solidariedade a Cuba RJ

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Sobre o encontro com Gerardo Hernández, um depoimento pessoal

junho 8, 2015junho 10, 2015 Juliana Medeiros Brasil, Cinco Heróis, Cuba, Integração, Solidariedade #SoyCuba, Cuba, Gerardo Hernández, Los Cinco, Palestina, Solidariedade

Depoimento pessoal no Facebook:

Gerardo Hernández no Museu da República em Brasília / Foto: JulianaMSC
Gerardo Hernández no Museu da República em Brasília / Foto: JulianaMSC

Acabo de sair do evento em homenagem à Gerardo Hernandez, um dos Cinco Héroes Cubanos ou, como diz Fernando Morais, um dOs Últimos Soldados da Guerra Fria. Que está livre, em Cuba, junto com os outros cinco. Como Fidel Castro havia dito: “Volverán!”.

Quando René, o primeiro deles, chegou a Cuba, tive a sorte de estar lá no mesmo dia (aqui meu eterno agradecimento à generosidade do colega Rony Curvelo). Pude ouvir o testemunho de um verdadeiro revolucionário. E pude abraçar um herói da nossa história contemporânea. Como hoje, quando também ganhei um abraço do Gerardo.

Não dá pra explicar como me sinto, o sentimento de gratidão por estar aqui, agora.

Me lembrei de quando, ainda adolescente, comecei a apoiar causas como a luta pela libertação de Timor Leste vendendo camisetas e adesivos para enviar mantimentos aos prisioneiros, produzindo panfletos para a campanha encabeçada pelo Frei Joao Xerri. Quando anos depois vi pela TV, Ramos Horta e Xanana Gusmão livres, em uma Timor também livre, entendi o que é ser um grãozinho de areia de uma utopia. Eles possivelmente jamais saberão quem eu sou. E eu até hoje não pude ir à Timor, abraçar meus irmãos de língua portuguesa. Mas a sensação de pertencer a essa história estará sempre aqui comigo.

Hoje também foi assim.

Há anos aprendi na juventude comunista que participar de atividades, reunir doações, produzir atos políticos, lutar em movimentos sociais, ou mesmo atuar como faço hoje, como jornalista do campo público e também do campo alternativo (muitas vezes, sabemos bem, com o sacrifício de nossas vidas financeiras e de nossas famílias) podia fazer alguma diferença. Hoje ouvi do próprio Gerardo, liberto de duas sentenças perpétuas, naquele auditório lotado de camaradas que sim, faz diferença.

A Cuba de agora, o lar para onde ele voltou, é outra. E vai continuar mudando. Mas o fato é que somos todos testemunhas desse marco da história humana. E de que, sem abrir mão de seus princípios e das conquistas da revolução (e sem esquecer os muitos que tombaram pelo caminho), essa pequena ilha caribenha e seu povo venceram a maior potência bélica da nossa era com apenas uma palavra: resistência.

Hoje, enquanto ouvia Gerardo, lembrei que estive, de diferentes maneiras ao longo da minha vida atuando na solidariedade a Cuba (e à Palestina e tantas outras pelas quais ainda lutamos). Me senti de novo como um minúsculo grão desta utopia em que também estão tantos ativistas, tantos companheiros, tantos lutadores e lutadoras que com pequenos ou grandes gestos, com muitos ou poucos recursos, mas sempre com muita criatividade, construímos todos os dias, essa imensa rede de solidariedade internacionalista.

Estou certa de que estamos todos ligados por invisíveis laços de amor à humanidade.

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Gerardo Hernández em encontro de amizade com Cuba no Brasil

junho 8, 2015 Juliana Medeiros Brasil, Cinco Heróis, Cuba, História, Integração, Solidariedade Cuba, Gerardo Hernández, Los Cinco, Solidaridad
Gerardo Hernández (Foto: Archivo)
Gerardo Hernández

 

Recife, Brasil 7 jun – Um dos Cinco Antiterroristas Cubanos, Gerardo Hernández, surpreendeu neste sábado com a sua presença os mais de 400 participantes da XXII Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba, realizada nesta cidade do nordeste brasileiro.

Sua chegada, no auditório da Faculdade de Administração de Pernambuco motivou um mar de aplausos e de emoções diversas entre os presentes interessados em cumprimentar Hernandez.

Acompanhado pela embaixadora de Cuba no Brasil, Marielena Ruiz Capote, o herói apertou a mão de inúmeras pessoas e também se dispôs a tirar fotos com várias delas.

Edival Cajá Nunes, membro da Comissão Organizadora deste evento, apresentou o lutador antiterrorista, e destacou o trabalho das organizações de solidariedade no Brasil que durante anos exigiram a libertação dos Cinco.

“Você e seus colegas são um exemplo de luta para este continente”, disse Cajá destacando ainda que a batalha pela libertação dos Cinco uniu partidos e movimentos de diferentes tendências políticas. PL

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