A IV edição da Cúpula da Comunidade dos Estados Latinoamericanos e Caribenhos (CELAC), foi encerrada nesta quarta-feira (27) em Quito, no Equador, com declarações dos presidentes do bloco para o enfrentamento de problemas comuns como a crise econômica, o combate à extrema pobreza e a ameaça do Zika vírus

Encerrada a reunião da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e do Caribe (CELAC) em Quito, o tom geral dos pronunciamentos dos chefes de Estado presentes foi o apelo à cooperação regional como a melhor forma de resistência aos desafios econômicos, sociais e políticos dos 33 países que compõem o bloco.
Anfitrião da Cúpula, o presidente do Equador, Rafael Correa, criticou o domínio dos mercados financeiros sobre o bem-estar dos povos e ressaltou que a sociedade não pode ser tratada como mercadoria.
Além disso, o líder equatoriano também falou sobre as negociações de paz, que estão em curso entre o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).
Rafael Correa lembrou ainda aos presidentes e representantes do bloco, que em 2014 a América Latina e o Caribe foi declarada “zona de paz” durante a Cúpula da CELAC ocorrida naquele ano em Havana.
O presidente do Equador também se referiu à necessidade de solucionar o que ele denominou como “o mal chamado mercado laboral”, para que se consiga garantir a todas as pessoas condições dignas de trabalho.
Já o líder da República Dominicana, Danilo Medina, que recebeu do Equador a presidência pro-tempore da CELAC, afirmou que seu país fará o possível para que a CELAC seja um espaço ainda mais integrado de diálogo.
O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, que recentemente declarou estado de emergência econômica em seu país, também apelou à união entre os Estados para enfrentar a crise na economia, sugerindo a criação de um plano comum anticrise para a região.
Na Cúpula, em que participaram 33 países da América Latina e do Caribe, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos também se pronunciou sobre os avanços do processo de paz com as FARC que está em andamento com a mediação de Havana.
Ele anunciou que os Chefes de Estado participantes desta IV Cúpula da CELAC, decidiram convocar uma reunião dos seus ministros da saúde para conter o vírus da Zika. Santos se mostrou preocupado por causa da situação em seu país, onde mais de 15.000 pessoas já foram afetadas.
A presidenta Dilma Rousseff defendeu a integração entre os países da CELAC para enfrentar a crise econômica mundial. Além disso, ela também propôs uma ação de cooperação regional para combater o vírus da Zika.
Em entrevista coletiva, Dilma ressaltou que, para tratar essa questão, haverá uma reunião do Mercosul em Montevidéu, no Uruguai, na próxima terça-feira (2), além do encontro entre os Ministros da Saúde da CELAC que acontece esta semana.
A CELAC também designou nesta quarta-feira uma missão de chanceleres de 4 países do bloco – Equador, Costa Rica, República Dominicana e Bahamas -, para avaliar a situação eleitoral no Haiti, a pedido do governo do país caribenho. A informação foi divulgada em uma rede social pelo ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño.
Com agências