Por volta das 22h deste domingo, horário de Brasília, o candidato da presidente Cristina Kirchner, Daniel Scioli reconheceu a derrota para o candidato da ala conservadora, Maurício Macri.
O segundo turno na Argentina se realizou após as eleições de 25 de outubro, quando nenhum candidato alcançou votos suficientes para a vitória no primeiro turno.
A diferença entre os dois candidatos foi apertada. Com 94% das urnas apuradas até pouco antes da meia noite, Macri obteve 51,92% e Scioli 48,08%.
Um cenário parecido com as eleições no Brasil em 2014, quando Dilma Rousseff obteve 51,64 e Aécio Neves 48,36 por cento
A nova equipe de política externa da Argentina tem em seu compromisso de campanha deixar de lado as práticas protecionistas derivadas do controle cambial
Uma das propostas a serem discutidas com o Brasil é a reformulação do Mercosul oferecendo a seus membros mais flexibilidade para negociar acordos comerciais com outros países ou blocos, o que hoje é proibido pelas regras alfandegárias do bloco regional.
Macri chegou a mencionar ainda um esforço para ajudar a Venezuela no que ele chamou de “transição democrática”, sinalizando com isso um provável alinhamento com a histórica política externa norteamericana para a América Latina.
Ainda assim, o discurso da vitória de Macri foi o de valorizar os avanços. Ele ainda pediu o apoio de todos os argentinos, mesmo dos que não votaram nele.
Logo depois do reconhecimento de Scioli, a presidente Cristina Kirchner convidou Maurício Macri para uma reunião nesta terça-feira na residência oficial.
Publicado do WordPress para Android