25/10/2014
Ofensiva midiática não deve afetar a tendência da grande massa eleitoral
Agora, a coisa acontece no segundo turno. A tendência de alta de Dilma deu lugar a uma oscilação negativa nas pesquisas, depois da ofensiva midiática liderada pela revista Veja. O “efeito pedra no lago” desta articulação para virar o jogo na última hora surtirá efeito, propagando-se por toda a superfície eleitoral em tão poucas horas?
Não creio. Como uma pedra atirada de mal jeito, agitará a superfície, produzirá espuma, mudará o curso de algumas correntes de votos mas não alcançará as águas profundas, onde o grosso do eleitorado já parece ter feito sua escolha. É pouco provável, apesar da pesquisa CNT-MDA, uma queda vertiginosa de Dilma ou uma ascensão meteórica de Aécio por conta do que teria dito Alberto Yousef, sem apresentar provas: que ela e Lula sabiam do que se passava na Petrobrás, no esquema do corrupto Paulo Roberto Costa.
Se acontecer o contrário? Será lamentável para a democracia brasileira, pois teremos assistido a uma anomia, à intervenção de forças e razões estranhas na definição de um resultado eleitoral E isso valeria, da mesma forma, se outro candidato estivesse no lugar de Dilma e fosse alvo desta concertação para alterar o humor eleitoral a poucas horas do pleito.